A Sony AI, divisão da gigante japonesa focada em inteligência artificial e machine learning, pretende investir no ramo gastronômico com a criação de robôs assistente para ajudar chefs na cozinha e um aplicativo para criação de receitas.
Com a promessa de ir além de “Alexas” e “Siris”, a companhia diz que irá utilizar sensores e tecnologias desenvolvidas especificamente para auxiliar os profissionais da cozinha durante todo o processo culinário, da preparação ao empratamento (apresentação dos alimentos no prato).
Já o aplicativo deve utilizar bancos de dados variados ao permitir que receitas sejam criadas “do zero”, coletando informações sobre nutrientes, sabor, aroma e até mesmo a estrutura molecular dos ingredientes.
“A Covid-19 evidenciou a importância da sustentabilidade e da saúde, além do valor de bens culturais intangíveis, incluindo a gastronomia e as artes, algo que queremos proteger”, afirma o CEO da Sony AI, Hiroaki Kitano.
“Por meio do poder da inteligência artificial e da robótica, queremos reafirmar o princípio do nosso projeto, que é a promoção de uma gastronomia criativa e, ao mesmo tempo, saudável e sustentável”, completou o executivo.
A iniciativa da empresa ainda inclui o desenvolvimento de uma “comunidade de cocriação”, para ajudar na viabilização do projeto. O grupo será formado por chefs de vários países, além de universidades, institutos de pesquisa e outras companhias.
Aposta agressiva em IA
A Sony tem investido pesado em inteligência artificial. Meses antes de anunciar o projeto de robôs para ajudar chefs, a empresa revelou ao mundo dois novos sensores de imagem para câmeras de vídeo com IA embarcada.
Chamados de “Intelligent Vision Sensor” (sensor com visão inteligente), os modelos IMX500 e IMX501 tem resolução de 12,3 MP e são capazes de realizar tarefas de análise ou processamento de imagens sem a necessidade de um computador externo.
Um dos exemplos práticos dessa câmera é desempenhar a contagem de pessoas que entram em um estabelecimento e emite um alerta aos funcionários caso uma delas não esteja usando uma máscara. Em outro, os sensores poderiam monitorar as prateleiras de uma loja, e avisar quando um item esgota da gôndola.
Fonte: Olhar Digital