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Os salários reais no Japão em junho diminuíram 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando a 15ª queda consecutiva. O declínio evidencia que os aumentos salariais não conseguiram acompanhar a aceleração da inflação, de acordo com os dados do governo divulgados na terça-feira.

A redução nos salários, ajustados pela inflação, é uma consequência dos preços mais altos de alimentos, energia e outros bens, influenciada em parte pela guerra da Rússia na Ucrânia.

Por outro lado, os salários nominais, que compreendem o total médio de ganhos em dinheiro por trabalhador, incluindo pagamento de base e horas extras, apresentaram crescimento de 2,3%, chegando a ¥462.040 ienes (US$ 3.200). Essa é a 18ª alta consecutiva, conforme informações do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão.

Gastos das Famílias em Queda

Dados adicionais revelam que os gastos das famílias no país em junho sofreram uma queda de 4,2% em comparação ao ano anterior, marcando o quarto mês consecutivo de redução.

Em média, famílias compostas por duas ou mais pessoas gastaram ¥275.545 ienes, conforme declarou o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações.

Esses números são indicadores significativos do consumo privado no Japão, que representa mais da metade do produto interno bruto do país.

Reflexos na Economia

A persistente queda nos salários reais e nos gastos das famílias traz preocupações quanto à saúde econômica do Japão. O aumento dos custos dos bens essenciais tem pressionado as famílias, enquanto os aumentos salariais insuficientes limitam o poder de compra.

O cenário internacional instável, exemplificado pela situação na Ucrânia, também contribui para a inflação e pode ter repercussões duradouras na economia japonesa.

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