Apenas 4% dos abrigos de mísseis em áreas de evacuação de emergência no Japão estão situados no subsolo, revela pesquisa da Kyodo News. Essa escassez se deve à falta de edifícios com porões nas áreas regionais japonesas.
Com o aumento dos testes de mísseis da Coreia do Norte e preocupações crescentes sobre a segurança na região, o governo japonês incentivou os municípios a ampliar o número de abrigos de evacuação, conforme estabelecido pela Lei de Proteção Civil. A prioridade foi dada a abrigos subterrâneos, considerados mais eficazes na proteção contra explosões aéreas pelo Cabinet Office japonês.
A pesquisa, realizada entre janeiro e fevereiro, consultou 67 prefeituras e grandes cidades. Apenas 2.390 dos 59.132 abrigos identificados estavam localizados abaixo do solo. A prefeitura de Akita, no nordeste do Japão, não tinha abrigos subterrâneos, enquanto 17 prefeituras possuíam menos de 10.
Tóquio liderava com 452 instalações subterrâneas, seguida pelas prefeituras de Gifu e Ishikawa, no centro do Japão, com 306 e 176, respectivamente. Dezenove prefeituras informaram que aumentaram o número de abrigos subterrâneos no atual ano fiscal.
Gifu designou aproximadamente 300 locais, incluindo passagens subterrâneas, como abrigos. Um funcionário da prefeitura explicou que essa medida foi tomada devido à situação internacional e à política nacional, considerando os eventos na Coreia do Norte e na guerra na Ucrânia.
Quanto aos desafios enfrentados para designar abrigos subterrâneos, a maioria dos governos entrevistados apontou a falta de instalações adequadas. Além das seis prefeituras na região nordeste de Tohoku e das quatro na ilha ocidental de Shikoku, grandes centros como a Prefeitura de Osaka e a cidade de Sapporo também enfrentaram dificuldades.
Um funcionário da prefeitura de Akita afirmou que, para áreas regionais, é complicado dispor de abrigos subterrâneos.