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Após mais de dois anos de interrupção, o Japão retomou um evento peculiar: o campeonato de choro de bebês.

A competição, que envolve bebês e sumô, é vista como um ritual cultural e tem como objetivo promover a saúde dos pequenos. Durante a pandemia de Covid-19, o país suspendeu atividades que promovessem aglomerações, mas agora retoma com a volta das competições em templos de todo o país.

O campeonato de choro de bebês consiste em fazer com que as crianças chorem o mais alto possível. Originalmente, os bebês subiam em um ringue e eram segurados por lutadores de sumô, que usavam o mawashi, uma tanga. Dessa vez, as crianças entraram no ringue no colo dos pais e, para estimular o choro, pessoas usando máscaras de criaturas mitológicas, parecidas com demônios, foram usadas.

A competição mais famosa do país aconteceu no Templo Sensoji, em Tóquio, onde 64 bebês participaram da disputa. Diferente das outras vezes, a atividade foi adaptada devido às medidas de proteção contra a Covid-19.

Enquanto algumas pessoas do ocidente podem achar absurdo submeter crianças a esse tipo de atividade, a cultura do país acredita que essa competição proporciona saúde aos bebês. Shigemi Fuji, presidente da Federação de Turismo de Asakusa e organizador do evento no Templo Sensoji, afirmou que “compreende que há quem ache terrível fazer bebês chorarem de propósito, mas acredita que, no Japão, os bebês que choram muito também crescem de forma saudável. Ele ainda ressaltou que esse tipo de evento acontece em muitos lugares do país”.

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